26.7.08

Dia dos Avós


"Avós e netos no mundo hodierno..."

Diz que os avós são pais duas vezes
Chega fazer pro neto o que para o filho não fez
E nesta vida de tanta correria
Falta algum tempero na família

Fora de casa os pais correm atrás do pão
As crianças quando não estão na escola estão na natação
Hoje já não brincam de roda, estilingue ou de pião,Alguns vão pra escola de música de dança ou pra frente da televisão

Mas existe uma saída que traz à criança certo vigor
É a atenção dos avós com sua paciência e muito amor
Os avós contam história inventam brinquedos na hora
Muitos ficam chorando quando os netos vão embora

Até mesmo na fazenda ou na roça
As crianças tiram leite, andam a cavalo ou na carroça,
Pela liberdade que não têm em casa
Perto dos avós elas criam asas

Os avós contam histórias de antigamente antes da televisão
Desperta nas crianças, do passado grande visão...
Falam de coisa interessante até do roceiro chamado doutor
Contam que o médico naquele tempo era um ambulante curador

Os avós dão às crianças uma mercadoria muito cara
Chamada tempo que para os pais tornou-se coisa rara
Pais e avós devem estar em harmonia
Não deixar os meninos criar certa mania

O ponto de vista dos mais velhos pode enriquecer a criança
Proporcionando lhe carinho e trazendo segurança
Mas deve evitar o risco do excesso de carinho e de ciúme
E que ambas as partes tomem cuidado com a alteração de costume.

de Valeriano Luiz da Silva (1950-2006)

25.7.08

As avós do Hip-Hop


Vovós do Hip Hop
Vovós do Hip Hop



"Vovós do Hip Hop - Um grupo de hip hop transformou-se em moda em Pequim, dançando em rede nacional e boates de toda a cidade. A diferença é que, neste grupo, as dançarinas são mulheres aposentadas, a maioria na faixa dos 60 anos, que estão arrasando nas pistas da China."

fonte: msn

10.7.08

A velhice



Simone de Beauvoir (1908-1986)

escritora, filósofa existencialista e feminista francesa

Em 1970, Simone escreve "A velhice", um livro sobre o processo de envelhecimento, onde teceu críticas apaixonadas sobre a atitude da sociedade para com os anciãos.

Ficam alguns excertos:

...“velhice, isso não existe!. Há apenas pessoas menos jovens do que as outras, e nada mais. Para a sociedade, a velhice aparece como uma espécie de segredo vergonhoso, do qual é indecente falar. Sobre a mulher, a criança, o adolescente, existe em todas as áreas uma abundante literatura; fora das obras especializadas, as alusões à velhice são muito raras”.

"...se os velhos manifestam os mesmos desejos, os mesmos sentimentos, as mesmas reivindicações que os jovens, eles escandalizam; neles amor, o ciúme parecem odiosos ou ridículos, a sexualidade repugnante, a violência irrisória. Devem dar o exemplo de todas as virtudes. Antes de tudo, exige-se deles a serenidade; afirma-se que possuem essa serenidade, o que autoriza o desinteresse por sua infelicidade. A imagem sublimada deles mesmos que lhes é proposta é a do Sábio aureolado de cabelos brancos, rico de experiência e venerável, que domina de muito alto a condição humana; se dela se afastam, caem no outro extremo: a imagem que se opõe à primeira é a do velho louco que caduca e delira e de quem as crianças zombam. De qualquer maneira, por sua virtude ou por sua abjeção, os velhos situam-se fora da humanidade. Pode-se, portanto, sem escrúpulo, recusar-lhes o mínimo julgado necessário para levar uma vida de homem".

"... a velhice aparece como uma desgraça: mesmo nas pessoas que consideramos conservadas, a decadência física que ela traz salta aos olhos. Pois a espécie humana é aquela em que as mudanças causadas pelos anos são as mais espetaculares."

8.7.08

Aprender a envelhecer

"Por um lado, com a velhice, aumentam as aptidões para aquilo em que se trabalhou durante toda a vida; por outro, pode abrir-se um campo novo de atividade. (...) ao chegar a velhice, «o homem recupera a liberdade perdida e pode dedicar-se ao que sempre lhe interessou e que, pelas necessidades da vida, não pôde realizar».
(...)
Sócrates, que, depois de ter sido condenado a tomar cicuta, se pôs a aprender a tocar harpa. Aos discípulos que lhe perguntavam por que se empenhava nisso, sabendo que lhe restava tão pouco tempo de vida, respondeu-lhes com um sorriso de impressionante naturalidade: «Para sabê-lo quando morrer».

A história antiga e de épocas posteriores retém nomes de pessoas cuja produção artística, intelectual, etc., foi notável nas últimas idades da vida. Já Cícero mencionava no seu De senectute o caso de Sófocles, que compôs tragédias na mais alta velhice. (...)
Goethe terminou o seu monumental Fausto aos oitenta e dois anos, Lamarck concluiu a sua História natural também depois dos oitenta, Cervantes terminou o D. Quixote aos sessenta e oito.

(...)
Ticiano trabalhou quase ininterruptamente com grande criatividade até os noventa e nove anos: um dos seus quadros mais famosos, A batalha de Lepanto, foi pintado aos noventa e oito. E Michelangelo traçou o plano da grande cúpula de São Pedro aos setenta e oito.
(...)

Verdi compôs Otelo aos setenta e quatro anos e Falstaff aos oitenta; Haendel escreveu aos setenta e dois anos o seu Triunfo do tempo e Rossini a sua Missa quando beirava os noventa. "


artigo completo em: http://www.portaldafamilia.org/artigos/artigo331.shtml

Livro: "Aprender a Envelhecer", Clara Janés - Luz María de la Fuente

2.7.08



Dia dos Avós - 26 de Julho

" Eternas figuras humanas que hoje queremos homenagear, contemplando com carinho os cabelos brancos, o profundo olhar, as rugas na fronte e na face, sinais da experiência e memória de tantos anos vividos"

(autor desconhecido)